Estudo Bíblico Temático

“O PENTECOSTES E O DOM DE LÍNGUAS”

O nome desse festival vem da palavra grega para “quinquagésimo”. Era celebrado no quinquagésimo dia depois da páscoa. Era uma festa da colheita que celebrava o fim da colheita da cevada e o início da colheita do trigo. Bíblia iLumina Digital

“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” At 2:1-4.

TRÊS SINAIS VISÍVEIS DA MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO:

1. “veio do céu um som, como de um vento impetuoso...”
- Eles puderam ver, sentir e ouvir a manifestação do Espírito Santo;
2. “línguas, como de fogo...”
- As línguas tinham a aparência de fogo;
3. “passaram a falar em outras línguas...”
- Eles passaram a falar em outros idiomas (Mc 16: 17).

* Não há nenhum registro comprobatório que esses três sinais tenham acontecido em alguma parte do mundo nos dias de hoje.

“Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus? Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer? Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!” At 2:5-13

TRÊS FATOS IMPORTANTES A CONSIDERAR:

1. “Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu”.
- Eles eram estrangeiros;
2. “Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?”
- Cada um ouviu o plano de Deus em seu próprio idioma;
3. “Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!”
- Outros não entenderam nada do que estava acontecendo.

Algo a se pensar:

“Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?” 1 Co 14:23

O FALAR EM LÍNGUAS ESTRANHAS

“Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” Mt 3:16-17.

O texto acima não registra que Jesus ao receber sobre si o Espírito Santo tenha falado ou mesmo balbuciado qualquer palavra. Está claro que Ele saiu logo da água para ir ao deserto ser tentado pelo diabo. Também não encontramos nenhum dos discípulos de Jesus se utilizando desse suposto dom, nem tão pouco os demais escritores do novo testamento defendendo a prática de “falar em línguas estranhas”. O apóstolo Paulo ensinou que: “Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar” 1 Co 14:9.

“Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua” 1 Co 14:19.

Portanto, o “falar em línguas estranhas” torna-se uma prática totalmente desnecessária pelo fato de não promover edificação à igreja do Senhor. O apóstolo Paulo instigou a igreja de Corinto a provar a veracidade do suposto dom requerendo dela a presença de um suposto intérprete. Na lista dos dons (Ef 4:11-12), não consta o de intérprete, por isso o apóstolo Paulo deu a seguinte ordem: Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus” 1 Co 14:28.

* As novas línguas citadas no versículo 17 do último capítulo do evangelho de Marcos, não são as línguas estranhas. São línguas idiomáticas que seriam necessariamente faladas pelos discípulos para atingirem outras nações com a mensagem do evangelho.
 
EM CRISTO JESUS TODOS RECEBEM O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

É biblicamente inconcebível entender que se pode dissociar o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Portanto, é incorreto suplicar pelo batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo se dá apenas quando o indivíduo recebe Jesus, o Cristo de Deus, como Salvador e Senhor de sua vida. “Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo 1 Co 12:3.

“Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito 1 Co 12:13.

Mediante tal afirmação do apóstolo Paulo ninguém pode restringir a presença do Espírito Santo aos crentes das igrejas pentecostais. É um enorme erro confundir alarido com avivamento. O profeta Isaías descreve o perfil de Jesus quando escreveu: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios. Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça Is 42:1-2.

Jesus não usou um “megafone” ao orar a Deus. Ele assim ensinou: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” Mt 6:6. Os ensinos deturpados da Palavra de Deus confundem a mente das pessoas, mas a sã doutrina traz luz à mente sombria de qualquer indivíduo.

O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO [E COM FOGO]

É biblicamente incorreto suplicar pelo batismo com o Espírito Santo se o indivíduo já recebeu Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor. Se pedir o batismo com o Espírito Santo já é biblicamente incorreto, pedir também que esse batismo venha com fogo é mais grave ainda.

Vamos entender porque:

“Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível” Mt 3:11-12.

Nessa afirmação, João está se dirigindo a duas classes de pessoas: às que serão salvas através do convencimento do Espírito Santo e às que estarão espiritualmente perdidas. O batismo com água requer do indivíduo genuíno arrependimento para a salvação. Porque: “A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira”. Jesus batiza com o Espírito Santo àqueles(as), o trigo, que serão recolhidos no celeiro de Deus (Reino de Deus). O batismo com fogo é para aqueles(as), a palha (o joio), que serão queimados no fogo inextinguível (inferno). Essas são verdades bíblicas dignas de serem aceitas, ou, por livre escolha, rejeitadas.

Por ignorância em relação ao conhecimento da Palavra de Deus, alguns religiosos “oram” a Deus dessa forma: “Senhor, manda fogo!” Biblicamente, fogo representa o juízo de Deus e o batismo com o Espírito Santo, o convencimento do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8). Em algumas vezes Deus ouviu as orações de seus servos e enviou fogo do céu.

Vejamos:

Em Gênesis 19:23-28, Deus envia fogo do céu para consumir o pecado das cidades impenitentes de Sodoma e Gomorra.

Em 1 Reis 18:36-40, Deus responde a oração de Elias e manda um fogo consumidor que queima tudo que está no altar e em sua volta.

Em Lucas 9:54, “... os discípulos Tiago e João perguntaram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” É preciso saber orar. Saber orar é ter plena consciência do que se pede e a quem se pede.

Ao invés de pedir fogo, é mais sábio pedirmos a misericórdia de Deus sobre as nossas vidas. Porque está escrito: “Não há justo, nem um sequer” Rm 3:10

Eis a recomendação: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” Os 6:3.

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