Reflexão

A LIÇÃO DO FRASCO DE PERFUME

Certo dia, quebrei acidentalmente um frasco de um perfume que gostava muito. Fiquei triste por ver todo o perfume derramado no chão do meu quarto. O prejuízo não foi de todo financeiro, mas também sentimental por eu gostar muito do perfume que se derramou. Ao ver o perfume derramado tive a certeza de que não mais poderia usufruir dele naquele momento. O frasco ficou em pedaços e não mais era possível restaurá-lo, nem tão pouco o conteúdo que nele estava.

Pensei um pouco nesse episódio e concluí que também acontece o mesmo nas vidas de muitas pessoas. Nós às vezes nos “quebramos” por causa das desilusões da vida que nos proporciona convivermos com pessoas que verdadeiramente não tem o perfume de Cristo. Percebi que também ocorre o mesmo em se tratando da confiança que depositamos em algumas pessoas. O frasco às vezes se quebra e o perfume se derrama.

Eu iria usar aquele perfume logo mais a noite para ir à igreja. Pensei em desistir de ir à igreja, mas logo entendi que o perfume que eu precisava não estava naquele frasco que se quebrou, mas em Cristo. Procurei refletir se a minha vida tem o perfume Dele, se o meu cheiro sobe como aroma suave para Deus. Algumas pessoas quando se “quebram” perdem todo o seu perfume rendendo-se a amargura ou a depressão.

Essa reflexão pessoal me deixou ainda mais convicto de que não conseguirei agradar “as narinas” de Deus simplesmente por estar usando o “perfume” da religiosidade. Tenho certeza absoluta de que qualquer pessoa pode freqüentar uma igreja, mas para estar no centro da vontade de Deus é imprescindível não se envergonhar do evangelho de Cristo. Mas graças a Deus que o bom perfume de Cristo pode nos devolver o prazer de andarmos cheirosos novamente.

“Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas? Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2 Co 2:14-17).


Marcos Antônio da Silva

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